terça-feira, 29 de junho de 2010

Inauguração Boate Meow Disco


MEOW Disco Club estréia quinta-feira, dia 08 de julho, véspera de feriado, com a proposta de retomar a vibração e criatividade dos anos 90. O espaço, situado à rua Marques de Itu, 284, será palco de festas, eventos e atitudes onde o "o 90's Style" será o foco.
A música, por conta do Dj Mauro Borges ( criador dos lendários, Nation, Massivo, Disco Fever ) desfilará hits e pérolas dos 90 e a melhor dance music atual, além de dj's convidados como André Pomba, Marcelo Saturnino e outros. A hostess Salete Campari estará recebendo e mantendo viva a tradição das drag-doors
O MEOW conta com dois bares, mezzanino com lounge e camarotes vips, pista ampla com exclusivo sistema de iluminação cinematográfica que funcionará sextas e sábados a partir das 23:30. A entrada custa R$ 15,00 com flyer e R$ 20,00 sem flyer .
Informaçoes pelo telefone 3338 2493.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Entrevista Salete Campari ao Portal Terra



Salete Campari concedeu uma entrevista exclusiva para o Portal Terra.com sobre a carreira política e eleições.

Confira a entrevista no link abaixo:

Entrevista Salete Campari

Candidata, Salete Campari diz que irá à Assembleia vestida de drag se for eleita


Famosa por ter seu figurino inspirado na atriz americana Marilyn Monroe, a drag queen Salete Campari tenta, pela terceira vez, um mandato parlamentar. Pré-candidata a deputada estadual pelo PT (Partido dos Trabalhadores) em São Paulo, a paraibana de 40 anos diz em entrevista ao Terra que, se for eleita, irá à Assembleia Legislativa com peruca e vestida de mulher. “Eu vivo isso 24 horas. Eu vou ser gay, adoro ser gay, amo ser gay, nasci gay e não sinto nenhuma vergonha de falar isso!”.

Salete filiou-se ao PDT (Partido Democrático Trabalhista) em agosto de 2006, em protesto ao posicionamento do vereador Carlos Apolinário. “A grande realidade é que o Carlos Apolinário era tudo o que eu achava de atrasado para o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). Queria que ele tivesse que ver todos os dias o meu rosto”, disse.

Foi pelo PDT que a drag disputou suas duas eleições: a primeira para deputada estadual em 2006, quando conseguiu 3.400 votos; e a segunda para vereadora, em 2008, quando seu êxito foi ainda menor, conquistando apenas 2.841 votos. Em junho de 2009, mudou-se para o PT.

Salete vive em São Paulo desde os dez anos e trabalha há mais de 20 na noite paulista. Ela garante que suas propostas não são voltadas apenas para o público LGBT e acredita que, por ser militante da causa gay, perderá votos de outras parcelas da população. “É mais fácil um gay votar em um evangélico do que um evangélico votar em um gay”, disse. Como defensora da diversidade sexual, foi uma das articuladoras da 1a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

No batismo, Salete era Francisco de Sales Rodrigues – o nome de registro. Formou-se em matemática, mas diz ser drag queen “por opção”. O nome pelo qual é conhecido surgiu porque Salete lembra Sales e Campari “era o que a minha cunhada sempre bebia quando ia almoçar”. Salete diz que sempre achou a cunhada muito chique “e, para nunca esquecê-la, coloquei o Campari”, conta.

Fonte: TERRA

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Eleição do Conselho de Atenção a Diversidade Sexual de São Paulo


Aconteceu no dia 16 de Abril de 2010 a Eleição do Primeiro Conselho Municipal de Atenção a Diversidade Sexual de São Paulo.

A Comissão Eleitoral ainda precisa amadurecer algumas ideias no que tange representação das populações LGBTs, mas certamente a iniciativa de criação do Conselho deverá trazer ganhos futuros para a Cidade de São Paulo.

No detalhe, da esquerda para a direita: Renata Peron, Salete Campari e Dindri Buck.

SPFW 2010: Um outro olhar, por Salete Campari

Mesmo sentada na arquibancada no lado oposto da sala de desfiles na hora da apresentação da Cia Marítima, sem reconhecer nenhum rosto sequer na plateia, é possível identificar o cabelo à la Marilyn Monroe da drag queen Salete Campari. Terminado o desfile, ela, em um só fôlego, pega o melhor amigo pela mão, passa o outro braço pelas costas do repórter, grita o nome de mais umas três pessoas que estão em volta e dispara rumo ao sofá mais próximo.

Refestelada no móvel feito uma gata manhosa (seu vestido é de tigre e os sapatos são de onça), ela abre a bolsa (também de tigre) e depois de abrir cada um de seus três celulares, finalmente encontra qual estava tocando. “Aloah! Fulano, sobe aqui que vai rolar baladinha” – a música do lounge da Marie Claire estava audível de longe. A conversa continua.

Salete está presente em todas as edições da SPFW. E, desta vez, logo no primeiro dia do evento, ela falou o que alguns estavam morrendo de medo de dizer: “Estou achando tudo isso aqui muito parado”, sentencia. “Amanhã é que vai estar bom: vai ter Paris Hilton.” Gosta da Paris? “A-DO-RO! Ela é devassa.” As duas divas até já se encontraram pessoalmente. Salete ganhou um presente. “Mas só ganhei o presente. Não entendi nada do que ela falou, não sei falar inglês”, lembra. O presente foram dois dos perfumes que a ricaça lançou. “Eu gosto”, conta uma Salete pouco entusiasmada. “Mas prefiro o Chanel nº 5″. Lógico: o perfume evoca suas maiores divas. “Eu sou toda Marilyn Monroe, Coco Chanel.”

Desfile | Sim, havíamos acabado de sair de um desfile. “Gostei, mas não é o tipo de roupa que eu usaria.” Não é exatamente fácil para uma drag queen usar um biquíni. “A minha moda praia é um maiô de miss”, brinca. Nesse caso, ela estava mais para Rosa Chá do que para Cia Marítima. “Claro. Adoro Alê [Herchcovitch]. Somos superamigos.”

Requisitada | Toca o telefone de novo. Ela mostra a tela o celular com uma mensagem de texto e diz: “Olha, vê se eu posso? Mais uma festa, amanhã.” Vai? “Claro. A minha vida é uma festa!”

Look | Além da África inteira estampada no vestido, sapato e bolsa, Salete veste um par de meias arrastão (com um quase imperceptível remendo em uma das panturrilhas). O repórter pergunta: “Meia arrastão é tendência?” E Salete anuncia: “Eu sou toda arrastão, querido.” Olha o perigo: “Mas arrastão com Elza, Salete ['Elza' é uma gíria gay para 'roubo', 'dar/fazer a Elza']“. “Nada de Elza por aqui! Mas hoje eu estou até básica.” Como assim, básica com vestido de onça e meia arrastão? “É que isso é básico de Salete. Eu sou toda reluzente. Gosto de ser ofuscante” (faltou citar os cristais dos três braceletes que ela estava usando).

Deuses | Escolha dura para qualquer LGBT: Madonna ou Lady Gaga? Meio segundo depois da pergunta: “Lady Gaga. Aaaaaaaaaaamo.” (O ‘amo’ durou uns dez segundos.) “Tudo de bom ponto com ponto BR.” No pescoço, um pingente drag queen size (inventei isso agora) com a imagem de uma santa. “É Nossa Senhora de Salete”, catequiza. Ué, virou santa? “Ainda não. Essa daqui já é divina. Eu só corro atrás.” Um dia, quem sabe, né, Salete? “Que Deus te ouça – mas o papa não.” O maior sonho: “Ganhar o Oscar.”

Para cima | Apesar de achar o dia meio sem graça (um desconto: o evento começou bem em uma quarta-feira), Salete gostou do tema, ‘Anima’. “Eu sou para cima. A minha vida é uma festa.” Mas há momentos de tristeza em sua vida: “Fico triste quando vejo gente morando embaixo da ponte, quando vejo terremoto acabando com tudo, quando vejo não-sei-quantas travestis sendo mortas por crime de ódio, quando vejo a política brasileira”, enumera. Ela também não é Salete 24 horas por dia. “Meu nome de homem é Sales”, explica. “‘Campari’ é por causa da minha cunhada, que tomava Campari no almoço. Eu achava muito chique”, ri. “Mas nunca quis ser mulher. Mulher é sagrado. Travesti é apenas um homem com alma feminina.” E termina: “Quando eu não souber mais diferenciar a Salete do Sales, a brincadeira terminou.”

Toca o telefone mais uma vez. “Aloah? Menino, espera aí, já estou indo. Estou dando entrevista para um repórter bonitinho aqui. Beijos, querido.” Beijos, Salete.